8º ano


O império universal romano-cristão

O cristianismo
Jesus nasceu por volta do ano cinco antes da nossa era.

É com 30 anos que Jesus inicia a sua vida pública e durante cerca de dois anos e meio, acompanhado pelos seus discípulos, percorreu cidades e aldeias anunciando a «boa-nova» de que aos olhos de Deus não há diferenças entre os homens, todos podem alcançar a vida eterna.

Ao contrário do judaísmo mensagem de Cristo era:
·         Universal porque não privilegia nenhum povo.
·         Revolucionária porque contrariava as profundas desigualdades do seu tempo e pregava a      igualdade entre todos os homens.

O cristianismo difundiu-se rapidamente devido:
·         À unidade política do império;
·         Às excelentes vias de comunicação.

Os cristãos cedo começam a ser mal vistos na sociedade romana, porque:
·         Não respeitavam os deuses tradicionais,
·         Condenavam hábitos enraizados, como espetáculos de gladiadores
·         Defendiam igualdade entre os seres humanos (incluindo entre senhores e os seus escravos).
·         Olhados como perturbadores da paz social e da ordem do império.

Por estas razões, foram vítimas de perseguições,
·         64 d.C. por Nero,
·         95 por Domiciano
·         108-112 por Trajano
·         177 por Marco Aurélio
·         203 por Septimo Severo
·         249-251 por Décio*
·         258-260 por Valeriano*
·         270-275 por Aureliano
·         303-305 por Diocleciano *

Apesar das perseguições, o número de cristãos não parava de aumentar. O heroísmo dos mártires suscitava novas conversões

* As mais violentas e sistemáticas, estenderam-se a todo o império.








O Império romano-cristão

Nos períodos de tranquilidade e tolerância, os cristãos desenvolviam uma intensa atividade
evangélica, conseguindo novos adeptos em todas as camadas da sociedade romana.

Em 321 o imperador Constantino publica o Édito de Milão em que:
·         garantia  inteira liberdade de culto aos seguidores de Cristo
·         ordena que lhes sejam devolvidos aos cristãos os bens anteriormente confiscados.
·         Coloca cristãos nos mais altos cargos do império,
·         Concede aos cristãos generosas ofertas
·         Concede isenções fiscais aos cristãos,
·         manda erguer templos cristãos imponentes, quer em Roma, quer em Jerusalém.

Em 325...
 o imperador Constantino convoca o Concílio de Niceia, onde reuniu os bispos cristão com 
objetivo de definirem as verdades doutrinais, e acabar com as divisões ideológicas.

Em 380...
 o imperador Teodósio I promulga o Édito de Tessalónica tornando o cristianismo 
religião oficial do Império. Com exepção do imperador Julião, o Apóstata (361-363), todos 
os imperadores professaram o cristianismo. Os antigos deuses pagãos são proscritos, é proibido o
culto, quer público, quer privado. Muitos dos templos pagãos são encerrados e outros são
convertidos em igrejas.

O cristianismo era agora símbolo da unidade do império romano. De facto, o monoteísmo 
adaptava-se perfeitamente à instituição imperial: um só deus e um só imperador concentram em si 
toda a autoridade. Apesar de o imperador já não ser considerado um deus vivo, o cristianismo 
conferia-lhe um enorme poder pois passava a ser o mandatário que Deus que o escolhera
para governar a Terra, em Seu nome.

Decalcada da do império, a organização eclesiástica toma por base a diocese que corresponde à
cidade -, dirigida por um bispo. As dioceses agrupam-se em províncias, sob a coordenação de um
metropolita, isto é, do bispo da cidade capital de província.